Publicado em 25/10/2012
É fato que política e futebol caminham juntos.
Não é de hoje.
É fato também, mais do que comprovado,
que essa mistura pouco produz de bons resultados.
Salvo raras exceções.
E quase todo clube no Brasil tem um político,
um candidato ou alguém com potencial para tal.
As eleições municipais chegaram em agosto.
Tem pouco mais de 2 meses de campanha.
Foi quando os candidatos a prefeito e vereador
iniciaram as propagandas no rádio e na tv.
Estamos em outubro.
E agora ouço gritos de todos os lados que bradam:
“Faltou respeito de beltrano”, ou
“É um absurdo o que faz fulano”.
Tudo por conta da associação do futebol à política.
Da ligação de uma pessoa a um clube.
E do uso do nome ou da imagem desse
para ganhar votos ou carisma.
Ato condenado por muitos torcedores.
Principalmente pelos que não vivem lua de mel com a vitória.
Aí os gritos ganham megafone.
E o arranhão é grande.
Na imagem de um, de outro… de todos.
Clube, dirigente e candidato.
Todo mundo perde.
Todo mundo ganha.
Seja voto, dinheiro ou prestígio.
E pensar que tudo isso só acontece porque no Brasil
dirigente de futebol é amador.
Não recebe salário para exercer a função.
E sem remuneração, se segura na popularidade.
Se entrega à oportunidade de trabalho.
De alianças.
De um futuro próspero fora do futebol.
E assim, politicamente correto ou não,
pode até sair de campo vitorioso.
Mas, com aquele gosto amargo de quem fez um gol contra.